
Às já bastante vilanizadas telas de TV e de videogames o autor Mark Bauerlein junta as telas de computadores e de celulares como as responsáveis por jovens "superficiais", incapazes de lembrar (e de dar importância a) fatos históricos."Eles praticamente não lêem. Com toda a informação disponível on-line, como nunca antes na história, eles preferem dedicar uma quantidade inacreditável de tempo a vasculhar vidas alheias e a expor as suas próprias em redes de relacionamento como o Facebook e o MySpace", diz Bauerlein, 49, à Folha, por telefone, de Atlanta, onde dá aulas de inglês na Universidade de Emory.Bauerlein, ex-diretor de pesquisa e análise da Fundação para as Artes nos EUA, acredita que o excesso de informações a que as crianças e os adolescentes têm acesso na rede faz com que eles percam a capacidade de diferenciar "o significativo do insignificante" e, com isso, de embasar argumentos.
"Nossa memória cultural está morrendo", diz o autor. É uma opinião similar à do filósofo italiano Umberto Eco, que, em entrevista ao jornal espanhol "El País" (reproduzida no último dia 11 no caderno Mais!), afirmou que "a abundância de informações sobre o presente não permite refletir sobre o passado".
Para quem sabe usar o computador e a internet - será sempre bom - e espero que, fique cada vez melhor para os bem intencionados, e, para ao contrário, fique cada vez pior. Em se tratando dos pilantras, e os que aproveitam para ficar somente navegando em futilidades, acredito que, com o tempo, essas pessoas vão aprender também a conhecer outras opções: que são muitas e muitas e muitas... E quem não souber aproveitar da melhor maneira - ficará para traz, e, naturalmente, interligada entre eles. Será muito melhor com certeza ficar interligado com os bons ou pelo menos com os mais ou menos bons.
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