segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O número de mulheres que apanham de maridos é bem maior, mas, em compensação, algumas mulheres de Raul estão batendo nos maridos. O jeito é denunciar.

Numa cidade não muito distante daqui um moderno Juiz de direito determinou a aplicação de medidas de urgência em favor de um homem que, depois do fim do relacionamento, vem sofrendo constantes ameaças da ex-companheira. Na decisão do magistrado, há elementos suficientes para demonstrar a necessidade, por analogia, da aplicação da Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha.
O rapaz até que é bonitão e bastante forte, mas dizem na boca maldita que, em compensação, ele é chegado num coro e o pior - costuma apanhar duas vezes por dia. O bonitão lava, passa e, ainda, cozinha muito bem - e o melhor: toma conta direitinho das crianças. Ele é bonzinho demais e nunca teve olhos prá mais ninguém. A mulher dele bebe todos os dias e, como se já não bastasse, está sempre arrumando um namorado novo. O pior é que ele sabe de tudo.
Segundo o Tribunal de Justiça a decisão judicial determinou que até devesse se ficar a uma distância superior a 500 metros do ex-marido, incluindo sua moradia e local de trabalho. Ela ainda deve manter qualquer contato com ele, seja por telefone, e-mail ou qualquer outro meio direto ou indireto de comunicação. O juiz advertiu que, no caso do descumprimento, a ré pode ser enquadrada pelo crime de desobediência e até mesmo ser presa.
O magistrado ainda enfatizou que o homem não deve se envergonhar em buscar socorro junto ao Poder Judiciário para fazer cessar as agressões da qual vem sendo vítima. “É sim, ato de sensatez, já que não procura o homem/vítima se utilizar de atos também violentos como demonstração de força ou de vingança. E compete à Justiça fazer o seu papel de envidar todos os esforços em busca de uma solução de conflitos, em busca de uma paz social”.
Não dá para saber qual problema que é maior... O certo é que o filho que vê uma mãe apanhar ou que vê um pai tomar um coro, ou tudo ao contrário, não deve ser nada interessante - muito das vezes os agressores são pessoas com problemas psicológicos e quase com certeza - presenciaram o pai ou a mãe fazerem ou passarem pelo mesmo constrangimento. Quaisquer dos agredidos precisam de ajuda.

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