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Como diria o Millor Fernandes: “Vocês vão ver na apuração: nunca as urnas contiveram tanta surpresa, espanto, admiração, choque, assombro, confusão e 'Sim senhor, quem diria!?’ ”
PESQUISA E O JOGO POLÍTICO: na maioria das vezes confundimos pesquisa com censo. O censo é o meio para se obter a informação sobre a totalidade, por exemplo, de uma população. Já a pesquisa é apenas uma amostragem desse conjunto da população.
Bem, mas isso é técnico, pouco interessa, no momento o que está em questão é o “jogo político”. A relação da pesquisa e o jogo político, uma vez que o jogo se caracteriza como uma espécie de campeonato: todos os dias são disputados jogos entre os candidatos. Um dia um vence, empata e o outro perde. Até a eleição, cada dia, portanto, representa um jogo entre os candidatos.
O mais interessante, quando sai o resultado de cada pesquisa, é que parece que o jogo terminou, o que realmente não confere com a realidade. Afinal de contas, o que está acontecendo? A divulgação do resultado de uma pesquisa, por exemplo, de intenção de voto para prefeito e vereadores, contempla apenas tornar público os números relativos à informação sobre uma das perguntas formuladas ao eleitor sobre “em quem votaria se as eleições fossem hoje”, que é a estimulada. A pergunta estimulada é feita ao eleitor mediante a apres

Na realidade, nem sempre isso significa que o eleitor deva votar naquele candidato apontado naquele dia; ele se baseou apenas e tão somente pelo jogo político desenvolvido até o dia em que a pesquisa foi feita. Por outro lado, a pergunta mais importante de uma pesquisa eleitoral essa não aparece na mídia, que é a espontânea. Na pergunta sobre intenção de voto espontânea, não se mostra cartão nenhum e o eleitor diz o nome que está na sua cabeça ou no seu coração. Qual a diferença entre uma pergunta e outra? É muito grande, na pergunta espontânea, sem nenhuma estimulação, você sabe que aquele eleitor não está indeciso, ele já tem um candidato. Ao passo que, na estimulada, nem sempre o eleitor tem candidato escolhido e é mais ou menos convencido a escolher um nome de uma lista de candidatos ─ acaba sempre optando por aquele que ele conhece, ou julga conhecer até aquele momento do jogo político. Seguramente, o número de indecisos, hoje, é maior que aquele mostrado pelas pesquisas estimuladas.
Exatamente por isso não daria muito impacto o resultado da intenção de voto, em termos de mídia. No jogo político, que continua sendo disputado, cada dia tem um jogo diferente, uma hora o adversário ataca de um jeito, outra hora o candidato se defende de outro. Resta saber o resultado final da partida ─ o jogo só acaba no dia da eleição. @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
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