Depois que o combate ao crack passou a fazer parte dos discursos da pré-candidata petista à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, o governo federal resolveu lançar um plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas. O plano prevê investimentos de R$ 400 milhões ainda este ano em ações de prevenção, tratamento a usuários e repressão ao tráfico.
Questionado sobre a possível ligação entre o plano e a candidatura de Dilma, o ministro da Justiça, Paulo Barreto, negou, dizendo que as ações já vinham sendo desenvolvidas. "Na verdade, o Ministério da Justiça vem há bastante tempo preocupado com a questão do crack".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também falou sobre o plano ao participar de evento com prefeitos em Brasília. "O crack é uma coisa ainda nebulosa. O que a gente sabe é que não é uma droga de rico, é uma droga mais para pobre. E a gente sabe que ela está sendo utilizada não nos grandes centros urbanos, está sendo utilizada nas pequenas cidades, inclusive com criança em escola".
Ele disse ter pedido aos ministros para "encontrar um jeito de jogar muito duro" para combater o crack. Pediu a parceria dos prefeitos e disse também ser necessária a participação de governadores, sindicatos, igrejas. "Nós não vamos deixar uma geração de jovens brasileiros perder um futuro cada vez mais promissor. O que nós temos que agir é agora".
O plano foi encomendado em abril pelo presidente Lula ao ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Armando Félix. Durante o lançamento do programa, o general também destacou a importância dos municípios para desenvolvimento das ações.
"Um problema que vamos trabalhar muito é o da desinformação sobre o que é o crack", disse. "Queremos fazer chegar esclarecimento e entendimento sobre o problema às pessoas. Daí a importância da participação dos municípios. Precisamos dela para chegar às pessoas".
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