
Também está mudando o humor dos consumidores. O Índice de Confiança do Consumidor, elaborado pela Fecomercio-SP, mostrou alta de 6,8% em fevereiro, em relação a janeiro. Na opinião do economista Altamiro Carvalho, responsável pela pesquisa, "os reflexos da crise devem estar menores do que se imaginava no bolso do consumidor". Uma coisa é certa: seja nos investimentos, seja no consumo, ganham corpo os sinais de retomada da economia.
Os empresários que resistem aos ventos a favor podem perder excelente oportunidade. Quem alerta é o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao criticar o ajuste exagerado de estoques: "Atitudes excessivamente agressivas, do ponto de vista de sermos defensivos, podem exacerbar problemas desnecessariamente." Em palavras mais simples, para vencer a crise, a melhor defesa é o ataque.
O que antes era apenas intuição de uma corrente otimista de economistas e empresários começa a se transformar em certeza estatística. Levantamentos preliminares de entidades industriais e centros de pesquisa indicam que o desempenho da economia brasileira em janeiro será muito melhor do que se esperava. Confirma-se, aos poucos, que o País desfruta de condições especiais para enfrentar a crise.
A equipe econômica já está trabalhando com os números positivos. Ao sair de uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quinta-feira 12, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, mostrou-se impressionado com os resultados da indústria automobilística nos primeiros 11 dias de fevereiro, comparados ao mesmo período de janeiro - quando a produção subiu 92,7%. Segundo ele, os dados preliminares apontam para a estabilização do setor. "Nós vínhamos em queda livre até dezembro e o processo agora, ao que parece, se acomoda e acredito que possa dar margem a uma certa recuperação", afirmou. "Imaginar um primeiro trimestre de crescimento não é nenhum absurdo."
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