O Estudo "Desigualdade e Renda na Década", realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que a desigualdade no Brasil atingiu no ano passado o nível mais baixo da história. O Índice de Gini chegou a 0,5304 (quanto mais perto de 1, mais desigual o país), em 2010, superando até mesmo o patamar da década de 60.
Estamos no melhor momento, apesar de a desigualdade ainda ser alta numa comparação internacional - disse o economista Marcelo Néri, responsável pela pesquisa. -Serão precisos mais 30 anos para atingir o nível da desigualdade americano -completou.
Néri atribui a queda na desigualdade no país, sobretudo, aos avanços na educação, seguidos pela adoção de programas sociais. O estudo revelou que a renda individual dos analfabetos aumentou 47% entre 2001 e 2009. Enquanto isso, pessoas com ao menos o superior incompleto tiveram queda de 17% na renda individual. Segundo Néri, o mercado de trabalho brasileiro está valorizando mais a base.
É o trabalho pouco valorizado ficando mais valorizado no país, também os programas sociais aumentam o salário reserva. O grande personagem desse avanço é a escolaridade, embora ainda tenhamos a mesma taxa de escolaridade do Zimbábue - afirmou.
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