Os habitantes de economias emergentes são muito mais confiantes sobre suas perspectivas financeiras do que os habitantes de economias avançadas, com 78% dos brasileiros otimistas em comparação a apenas 4% da população francesa. Dos 24 países pesquisados pelo Ipsos, os cidadãos do Brasil foram claramente os mais confiantes sobre a força da economia nos próximos seis meses.
A Índia ficou em segundo lugar, com 61% de otimismo, seguida pela Arábia Saudita, com 47%, de acordo com a sondagem "Pulso Econômico do Mundo", conduzida em dezembro. Depois de França, os países menos otimistas foram Japão, Hungria e Grã-Bretanha, alimentando questionamentos sobre os hábitos de consumo de longo prazo de seus cidadãos.
"As pessoas não estão pessimistas como estavam em 2009. Mas há apenas uma confiança morna neste momento", disse Cliff Young, analista do Ipsos Public Affairs, em referência à confiança global. O panorama da economia global será o principal tema na agenda do Fórum Econômico Mundial em Davos, que acontece entre 26 e 30 de janeiro.
A Alemanha, cuja economia teve, em 2010, o maior crescimento desde a reunificação, foi a nação mais otimista da Europa. Mesmo assim, apenas 27% dos alemães acredita que a economia irá se fortalecer mais. Apesar da recuperação econômica, o gasto dos consumidores alemães continua baixo. A pesquisa do Ipsos, realizada mensalmente, também mostrou que o otimismo alemão caiu 8 pontos em dezembro. A Rússia viu uma queda semelhante.
No agrupamento por regiões, a mais otimista foi a América Latina, com 52%. As nações do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) registraram 50% de otimismo, enquanto Oriente Médio e África viram uma taxa de 32%. A Europa foi a região mais pessimista, com 16%.
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