terça-feira, 2 de novembro de 2010

"Quem não tem talento a oferecer, simplesmente evapora."

Por exemplo, se você é um modelo, um jornalista ou um dentista que tentou aplicar um 'photoshop virtual' para se vender melhor, você até pode conquistar, digamos, uma fama instantânea, mas ela vai durar muito pouco se não existir um correspondente real na sua habilidade como modelo, jornalista ou dentista", diz o comunicador.
Responsável pelo Blog do Tas, criado em 2003 e que estreou no Terra em outubro, Marcelo Tas colecionou prêmios e se afirmou como um dos blogueiros mais acessados do País. O segredo do sucesso, segundo ele, está na relação com o internauta. "Uma das coisas mais importantes é você ouvir o retorno do blog - o que é uma tarefa árdua e, às vezes, dolorosa -, porque a natureza dessa ferramenta é justamente esta. Ao contrário do jornal e da televisão, não é só você que fala, mas o seu leitor tem a mesma força na hora de comentar o que você falou", observa.
"A web não é uma caixinha mágica onde você resolve seus problemas. Se bem usada, ela pode ser uma catalisadora de boas ideias, pode acelerar processos. Basicamente é uma rede de alta velocidade. O que você vai fazer ali dentro depende muito de você", afirma.
Comunicador multimídia, Tas crê que a televisão ainda precisa se adaptar a uma audiência que já nasceu online e que valoriza a interação. "Acredito que a TV esteja muito aquém do que o internauta espera dela. Talvez ela seja a bola da vez, na minha opinião. A indústria fonográfica, os próprios jornais e revistas já sentiram o impacto da web, e eu acho que agora chegou a hora de a TV ser regida por essa nova postura", afirma.
Segundo o blogueiro, a web necessita de uma conscientização dos internautas para garantir a qualidade do conteúdo disponível. "Acredito que há uma grande irresponsabilidade das pessoas em subir qualquer coisa na internet. A gente esquece que tudo que você sobe na web, nunca mais sai de lá", diz Tas, citando como exemplo os vídeos caseiros de sexo. "Os jovens não têm consciência de que daqui a 10 anos esse vídeo vai estar lá na web. Eventualmente podem estar casados, com outras pessoas, e até os filhos deles vão ver esse vídeo", afirma.

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