Outro dia, Dilma fez uma declaração no mínimo interessante para não dizer interessantíssima: “presidente não precisa ser celebridade”.
Feita por Serra, por exemplo, a observação soaria como uma crítica a Lula, que persegue os holofotes e terá dificuldades para viver longe deles.
Feita por Dilma foi entendida como a antecipação de um novo estilo de governar. Mais para o recato do que para o exibicionismo. Para a modéstia do que para a arrogância. Tomara que assim seja.
Não existe almoço grátis, costumam repetir os economistas. Alguém sempre paga a conta.
Também não existe eleição grátis. É o que parece querer dizer Lula quando se apressa em indicar aspirantes a peças chaves do governo Dilma – Guido Mantega, Palocci, Henrique Meirelles, Paulo Bernardo, Nelson Jobim e Gilberto Carvalho, entre outros.
Pobre Dilma.
Ganhou o direito de suceder a Lula. Agora luta em silêncio e com uma habilidade insuspeitada para ganhar também o direito de governar. Assim como aconteceu com Sarney, que um dia afirmou: “Você governa o governo. Mas você não governa o tempo que governa”.
A Era Lula está longe de acabar.
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