terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Lula recebeu o título de ‘Brasileiro do Ano’.

Ao discursar, voltou a fustigar a imprensa. Lembrou das ironias que lhe foram dirigidas por ter dito que a crise chegaria ao Brasil como uma “marolinha”.
Queixou-se: "No Brasil, temos a turma do ‘eu acho’, do ‘achismo', que não perde oportunidade de criar condições para que a desgraça permaneça neste país".
Esmiuçou o raciocínio: "No Brasil, tem uma coisa engraçada. Tem dia que você acorda, lê os jornais e a vontade é de se matar, porque o mundo está acabando”.
E voltou a bater: “Se vocês então ficarem só nas manchetes, nem saiam de casa, porque tem um certo azedume, aquela coisa tão azeda que faz mal para o país".
Lula disse que poderia dedicar o prêmio a auxiliares. Empilhou nomes: Guido Mantega, Henrique Meirelles, Miguel Jorge e Franklin Martins.
Afirmou que também poderia dedicar a honraria “à minha mulher, aos meus filhos, essa coisa que todo mundo faz”.
Mas preferiu consagrar o título “àqueles brasileiros que vivem no anonimato e que, aos poucos, estão conquistando a sua cidadania”.
Dedicou a honraria também “aos empresários que não se acovardaram e resolveram enfrentar a a crise de peito aberto e vencê-la”.
Mencionou, de resto, os “intelectuais que tiveram coragem de fazer o debate econômico pela imprensa brasileira”.
Esboçou um elogio à imprensa –“Contribui de forma extraordinária para a consolidação do debate democrático”.
Mas logo deu meia-volta: “Mas muitas vezes não contribui, quando permite que a mentira prevaleça sobre a verdade”.
Declarou que, “graças aos otimistas desse país”, o Brasil “entrou por último na crise e saiu mais forte”.
Enfatizou: “Vou dizer pra vocês: não tem mais volta, quem tiver apostando que nesse país vai acontecer o que acontecia em anos passados... Acabou!”
“Esse país se encontrou consigo mesmo”, Lula arrematou.

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