A exigência é ensino fundamental, antigo primário. Quase 1200 têm ensino superior completo, 86 têm pós graduação, 24 mestrado e 50, doutorado. Em São Paulo a prefeitura ainda não fez as contas, mas a fila foi grande. São 211 vagas de emergência por um ano para enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, piscólogo, terapueta, nutricionista, dentista e assistente social entre outras. Os salários vão de R$ 605 a R$ 1859. “Eles estão tirando pelos títulos que tem, experiência, mas vão tentar mais uma vez”. O que chama a atenção nas filas das duas maiores cidades do Brasil é o nível dos candidatos.
Por que tem tanta gente com especialização sem emprego? “De um lado, falta de empregos. Isso, por sua vez, está atrelado ao crescimento econômico que diminuiu e agora que está retomando. Para o Brasil produzir empregos com a fartura que é preciso, precisaríamos crescer 5 ou 6 % ao ano”, diz José Pastores, professor de relações do trabalho, na USP. Para os especialistas em relações de trabalho são pelo menos dois fatores: má formação escolar: o candidato tem o diploma, mas não consegue desempenhar bem a função; falta de cursos complementares: o trabalhador para de estudar e não se atualiza mais. “O mercado quer pessoas com capacidade de dar respostas. Pessoas que tenham bom senso, lógica de raciocínio, que saibam trabalhar em grupo, que sejam versáteis, e se possível, falem mais de uma língua e que, também, conheçam bem sua profissão. Essa foi uma das notícias que circulou na grande imprensa e que mereceu destaque.
Não basta apenas ter o canudo, é preciso ter competência”.
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