sábado, 4 de outubro de 2008

Eu conheço eleitores que costumam chorar ou ficar rindo (sem parar) nos quatro anos do mandato. Perdendo ou ganhando: coma bonbons no velório....

Cena comum em velório é a seguinte: as pessoas reunidas em volta do morto, alguns choram, outros já choraram, e vem um gaiato e conta uma piada. Apesar de ser o momento mais triste da vida da família, mesmo os mais próximos do falecido são capazes de dar risada.
Não é porque a piada é fantástica. Muito menos por desrespeito ao momento. Rir no momento da dor é um mecanismo de defesa muito normal, explica os psiquiatras. "Rir é uma descarga da angústia que sentimos em um momento difícil. Há pessoas, consideradas muito nervosas que se defendem sorrindo", define. O mesmo pode acontecer com alguns candidatos que perderá a eleição.
Segundo os especialistas, frente a um clima pesado o cérebro tenta abrir uma brecha, rapidinho, na experiência que está sendo ruim e substituí-la por uma lembrança boa. Na verdade, fazemos isso a toda hora, porque a realidade costuma ser difícil - é o famoso rir para não chorar. Os psiquiatras lembram que substituir a verdade por uma ilusão de humor, para aliviar momentaneamente, não quer dizer que se perde a noção da realidade. "Isso também é uma técnica usada para se preparar adequadamente para lidar com a dor. É uma saída sadia e madura", define.
Portanto, dar uma gargalhada em meio depois que acabou de perder ou de ganhar a eleição, um momento de tensão ou até um velório é perfeitamente normal.
O certo é que, se por acaso você eleitor ganhando ou perdendo essa eleição dar uma crise de choro ou de gargalhada num período que passe de três dias, pode ter certeza, o seu caso será considerado grave. Eu conheço alguns eleitores e eleitoras que costumam chorar ou ficar rindo nos quatro anos do mandato.

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